Hipermetropia: causas, sintomas e formas de tratamento

Homem no oftalmo fazendo testes para hipermetropia - site Dr. Lauro Barata Oftalmologista de Belém - PA

A hipermetropia é um problema ocular que atinge milhões de brasileiros, tendo como principal característica a dificuldade de enxergar claramente objetos mais próximos, o que pode resultar em uma série de incômodos no dia a dia.

Neste artigo reunimos as principais informações sobre o assunto, com destaque para os sintomas mais comuns dessa enfermidade, suas causas, detalhes sobre a visão de uma pessoa hipermétrope e os tratamentos mais modernos disponíveis. Acompanhe!

O que é hipermetropia?

A hipermetropia é uma condição em que o paciente enxerga objetos próximos de maneira desfocada. Dessa forma, pode ser difícil ler um livro ou uma mensagem na tela de um smartphone. Por outro lado, a pessoa não tem problemas para identificar coisas que estão mais distantes, como uma placa de trânsito.

Esse problema é o contrário da miopia, que se caracteriza pela dificuldade em distinguir objetos que estão a uma distância considerável.

Tipos

A doença é classificada em 2 tipos, conforme a alteração encontrada nos olhos:

  • Axial: neste caso os olhos são menores do que o normal, criando um espaço reduzido entre a córnea e a retina e dificultando a formação correta das imagens. É o tipo mais comum em crianças;
  • Refrativa: os locais por onde a luz passa sofrem com problemas de refração. Isso ocorre devido a alterações na córnea ou no cristalino.

Quais os sintomas?

Como já mencionamos, o sintoma clássico dessa condição ocular é a visão desfocada de objetos próximos. Mas geralmente o problema vem acompanhado de outros sinais de alerta:

  • O paciente aperta os olhos com frequência em uma tentativa de melhorar o foco;
  • Há ardência ao redor dos olhos e sensação de dor;
  • A pessoa sofre de dores de cabeça corriqueiras, sobretudo quando é necessário dedicar-se a tarefas que exigem maior atenção;
  • Vermelhidão nos olhos;
  • Necessidade de piscar com frequência;
  • Olhos lacrimejantes;
  • Necessidade de esfregar os olhos;
  • Náuseas;
  • Cansaço ocular;
  • Sensação de peso ou dor ao redor dos olhos;
  • Dificuldades de concentração.

Quais as causas desse problema ocular?

A doença pode ter causas genéticas, que resultam em uma má formação do globo ocular. Quando isso ocorre, há um erro de refração, já que o globo ocular se torna mais achatado ou a córnea fica demasiadamente plana. Assim, a imagem forma-se após a retina.

O problema pode ser identificado em bebês e crianças pequenas, mas em muitos casos ele não evolui e nem se torna permanente, pois o globo ocular continua em desenvolvimento e pode corrigir a condição com o passar do tempo.

Homem fazendo testes no consultório oftalmológico - site Dr. Lauro Barata Oftalmologista de Belém - PA

Como é a visão de uma pessoa que tem hipermetropia?

O paciente com hipermetropia vê objetos próximos como se estivessem borrados ou desfocados. Assim, é preciso fazer um esforço constante para enxergar com mais clareza, desencadeando outros sintomas que citamos neste texto, como as dores de cabeça.

O que acontece no olho de uma pessoa hipermétrope?

O olho de uma pessoa hipermétrope geralmente é menor do que o normal. As diferenças anatômicas fazem com que a luz não seja focalizada diretamente na retina, que é um tecido localizado no fundo do globo ocular e que, através de células fotorreceptoras, captam ondas luminosas e as enviam até o cérebro por meio do nervo óptico.

Então, a luz acaba se concentrando atrás da retina, gerando erros na formação das imagens de objetos próximos.

Diagnóstico

O diagnóstico dessa condição geralmente ocorre quando a pessoa apresenta alguns dos sintomas e decide procurar por um oftalmologista. Esse especialista irá fazer uma avaliação da saúde ocular com exames oftalmológicos específicos.

O profissional pode realizar exames de refração e de acuidade visual, além de medir a pressão ocular e de fundo de olho.

O que fazer para melhorar a hipermetropia?

A hipermetropia pode ser tratada de forma conservadora ou cirúrgica. A melhor opção será decidida pelo oftalmologista e pelo paciente, sempre com o objetivo de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Óculos

Os óculos constituem a opção de tratamento mais convencional, sendo extremamente eficaz. Suas lentes são desenvolvidas de forma específica, conforme a necessidade do paciente. Assim, a recepção da luz é corrigida, com a retina captando as ondas luminosas adequadamente.

Os óculos geram mais conforto para quem tem dificuldades de se adaptar às lentes de contato.

Lentes de contato para hipermetropia

As lentes são outra opção popular para lidar com a hipermetropia. Elas são usadas pelos pacientes que buscam uma solução mais discreta ou que estão frequentemente envolvidos em atividades esportivas. Além disso, as lentes de contato proporcionam um campo de visão mais amplo do que os óculos.

Cirurgia

A cirurgia é usada em casos muitos graves ou quando o paciente deseja evitar, ou pelo menos reduzir, a dependência de óculos e lentes de contato. Atualmente há equipamentos extremamente modernos com lasers especiais capazes de modificar o formato da córnea de forma segura, fazendo com que a luz seja direcionada adequadamente para a retina.

O procedimento dura cerca de 20 minutos e o paciente recebe anestesia local para não sentir dor. Não é preciso internação e a pessoa pode retornar à sua residência no mesmo dia da intervenção. Os oftalmologistas dão preferência a dois tipos de intervenção cirúrgica para tratar uma pessoa hipermétrope:

  • Lasik: é um tratamento extremamente preciso, em que é feita uma pequena incisão na córnea, possibilitando que o laser seja aplicado internamente. Após a intervenção pode ocorrer um pouco de fotossensibilidade, que passa após algumas horas. A técnica Lasik não é utilizada em pacientes com a córnea muito fina, por isso esse fator é avaliado previamente;
  • Prk: é a opção recomendada para pacientes com córneas muito finas. O tratamento é um pouco mais invasivo, já que ocorre a retirada da membrana epitelial, permitindo uma ação mais direta do laser. Após a cirurgia o paciente deverá usar lentes de contato por um tempo, já que elas protegem os olhos contra infecções e poeira até que a camada removida da córnea se regenere.

Para garantir o sucesso de ambas as cirurgias para hipermetropia, o paciente deve seguir à risca as recomendações do seu médico e respeitar o período de recuperação.

 

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