Conjuntivite: quais os sintomas e as opções de tratamento?

Homem com conjuntivite - site Dr. Lauro Barata Oftalmologista de Belém - PA

A conjuntivite é um problema ocular que pode afetar qualquer pessoa, não importa a idade. E, provavelmente, você já teve que lidar com esse desconforto. Trata-se de uma inflamação que acomete a conjuntiva, a membrana fina e transparente que reveste a parte da frente dos nossos olhos e as pálpebras.

Isso acontece a partir de infecções por vírus ou bactérias, assim como por reações alérgicas. Também é importante ressaltar que é uma condição contagiosa. Por isso, precisamos ter cuidado para não contraí-la ou transmiti-la quando estivermos doentes.

Este texto vai lhe explicar os detalhes sobre o que é a doença, mostrar como se proteger e quais os tratamentos disponíveis. Continue lendo e descubra!

Quais são os sintomas?

A inflamação pode afetar apenas um olho, mas é mais comum que os dois globos oculares sofram com os sintomas de conjuntivite. São eles:

  1. Vermelhidão;
  2. Lacrimejamento;
  3. Muita secreção;
  4. Sensação de areia nos olhos;
  5. Sensibilidade à luz (fotofobia);
  6. Pálpebras inchadas;
  7. Coceira;
  8. Visão embaçada;
  9. Olhos “grudados” ao acordar, pelo excesso de secreção.

Esses incômodos podem variar de acordo com o fator que gerou a enfermidade. Portanto, também precisamos conhecer qual microrganismo está por trás da inflamação.

Qual é a causa da conjuntivite?

Existem os tipos principais de conjuntivite são três: viral; bacteriana e alérgica. Apesar de causarem sintomas similares, é possível perceber algumas diferenças. Entenda mais a seguir.

Viral

Como o próprio nome diz, está associada a um vírus e isso a torna a mais contagiosa. Geralmente, os dois olhos são afetados e o “vilão” por trás da inflamação é o adenovírus.

Assim, o paciente também pode perceber sinais comuns a um resfriado, como congestão nasal, coriza, irritação na garganta e até mesmo febre. Outro diferencial é a secreção, que é aquosa, fluida e transparente, com lacrimejamento persistente.

Bacteriana

A inflamação também pode ser bacteriana, com a Staphylococcus e a Streptococcus como as principais bactérias causadoras. Nessa situação, também há o perigo de contágio entre as pessoas.

Ao contrário da viral, a secreção deste caso pode ser amarelada ou esverdeada, até mesmo se assemelhando a pus. É necessário higienizar os olhos frequentemente para retirar esse fluido.

Conjuntivite alérgica

Por fim, existe ainda a conjuntivite alérgica, gerada quando alguma partícula alergênica irrita os nossos olhos. Partículas de poeira, poluição, esporos de fungos, ácaros e até pelos de animais podem gerar a irritação na conjuntiva.

Essa forma da inflamação não é contagiosa e o paciente costuma ter sinais semelhantes a uma alergia respiratória, como coriza e espirros. Além disso, a coceira nos olhos é maior e também está presente o inchaço nas pálpebras. Já as secreções não são tão persistentes quanto na viral e bacteriana.

Quantos dias a pessoa fica com conjuntivite?

Com tantos incômodos que causa, é normal que a pergunta mais comum seja o tempo que a conjuntivite dura. Esse período costuma ser de 7 a 15 dias, mas existem variações.

Na forma viral, por exemplo, é possível ver casos que se estendem até 20 dias, mas é claro que podemos controlar os sintomas para não prejudicar tanto o bem-estar do paciente.

Já a bacteriana é mais curta e, com os cuidados corretos, muitas pessoas se livram dos incômodos em até sete dias. Enquanto isso, a alérgica é o tipo menos complicado e, apesar do tratamento durar cerca de duas semanas, a melhora surge quando o paciente evita o fator que causou a alergia.

De que forma ocorre a transmissão?

O contágio acontece, principalmente, pelo contato com objetos utilizados pela pessoa doente. Compartilhar toalhas, roupas de cama, travesseiros e maquiagens é a maneira mais comum de contrair a doença, pois podem existir secreções nesses locais.

Quando há algum vírus envolvido, a transmissão ainda pode ocorrer pelos fluidos dos espirros e tosses.

Como tratar?

A boa notícia é que não se trata de uma doença grave, mas mesmo assim é essencial receber o tratamento correto, de acordo com a causa.

Quando o médico oftalmologista identifica que o microrganismo é um vírus, basta aplicar compressas de água fria nos olhos para aliviar os sintomas e acompanhar a evolução do caso.

No entanto, a bacteriana requer o uso de colírios antibióticos. Já na alérgica, os remédios anti-histamínicos ajudam, tanto na forma oral (comprimidos e gotas), quanto em colírios.

Apesar dos tratamentos não serem complicados, é preciso realizá-los com cuidado e apenas após a avaliação oftalmológica. Afinal, os medicamentos podem causar efeitos colaterais.

As sequelas, mesmo que raras, também existem e é preciso falar delas. Um exemplo é a úlcera de córnea, quando o uso inadequado de colírios danifica as células dessa parte frontal do globo ocular, aumentando ainda mais as chances de contrair infecções.

Mulher coçando o olho - site Dr. Lauro Barata Oftalmologista de Belém - PA

Outros cuidados importantes

Alguns bons hábitos em casa ajudam no controle dos sintomas e no tratamento para conjuntivite. Os recomendados são:

  • Lavar os olhos com soro fisiológico;
  • Aplicar compressas frias com água filtrada;
  • Não utilizar maquiagens enquanto a doença persistir;
  • Não usar lentes de contato;
  • Quando não puder lavar os olhos, limpar as secreções com lenços descartáveis;
  • Evitar coçar os olhos;
  • Tampar nariz e boca ao tossir e espirrar, a fim de evitar a transmissão;
  • Trocar as toalhas e fronhas dos travesseiros todos os dias enquanto estiver doente;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal.

Pergunte ao seu médico oftalmologista outros cuidados que ele recomenda especificamente para suas condições de saúde.

Existem formas de prevenir?

É como dizem: prevenir é melhor do que remediar. Portanto, saiba que é possível evitar a doença com as seguintes precauções orientadas pelo Ministério da Saúde:

  • Usar óculos protetor ao entrar em piscinas;
  • Não compartilhar pincéis de maquiagem e outros produtos do tipo;
  • Higienizar corretamente as lentes de contato;
  • Usar toalhas de papel para enxugar o rosto e mãos ou trocar diariamente as de tecido;
  • Evitar tocar os olhos, especialmente com as mãos sujas.

Suspeita de conjuntivite? Procure o oftalmologista

Como você percebeu, os casos de conjuntivite não são todos iguais. É importante conhecer qual tipo da doença está presente para iniciar o tratamento adequado.

Portanto, não se automedique e agende uma avaliação com o médico oftalmologista. Com os cuidados corretos, a inflamação na conjuntiva pode ser tratada com tranquilidade e sem sequelas.

 

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